Obama anuncia ações executivas para combate à desigualdade
Durante o discurso anual do Estado da União, no dia 28, o presidente Barack Obama se comprometeu a combater a desigualdade econômica que cresce nos EUA. Apesar de dizer que está ansioso para trabalhar com os congressistas, Obama deixou claro que recorrerá a ordens executivas para levar sua agenda adiante. Esse tipo de medida não precisa ser aprovado pelo Congresso, evitando que as iniciativas sejam bloqueadas por um Legislativo atualmente dividido. Entre as ordens executivas anunciadas pelo presidente, está um aumento de 40% no salário mínimo de futuros contratados do governo federal, que passará de US$ 7,25 para US$ 10 por hora. Além disso, a remuneração desses trabalhadores vai ser reajustada de acordo com a inflação. Ainda com foco na questão da desigualdade, o democrata afirmou que pedirá que empresas não discriminem candidatos desempregados por longos períodos e que criará um novo tipo de poupança para aposentadoria apoiada pelo governo. Obama também defendeu a elevação do salário mínimo nacional, medida que exige aprovação legislativa. Apesar dos aumentos aprovados em diferentes estados, o salário mínimo federal é o mesmo desde 2009. Obama vem pressionando o Congresso pelo aumento há mais de um ano, mas enfrenta a resistência de republicanos. A oposição argumenta que a medida prejudicará a criação de empregos. Segundo o líder da minoria no Senado, Mitch McConnel (R-KY), os republicanos oferecerão alternativas que contribuam mais com a geração de empregos quando a proposta de aumento chegar ao plenário da Casa nas próximas semanas.