O governo britânico se posicionou em defesa da BP no processo sobre a suspensão de novos contratos pelo governo dos EUA. No dia 2, advogados submeteram documento a uma Corte Federal no Texas argumentando pela revogação do impedimento. A medida, imposta em novembro do ano passado, bane a empresa de obter novos contratos, incluindo licitações para campos de petróleo. O procedimento visaria congelar novos investimentos da BP no país até que esta prove sua integridade empresarial após o vazamento no Golfo do México em 2010, maior desastre ambiental da história dos EUA. A BP abriu processo em agosto contestando a suspensão. O documento apresentado pelo governo britânico alega que a medida foi excessiva e poderia ter consequências graves para a economia dos dois países. Outra questão debatida é o fato de a suspensão se entender às subsidiárias da petrolífera, uma vez que só a central estaria envolvida diretamente no acidente. O documento marca a manifestação mais enfática do governo britânico em defesa da petrolífera desde o acidente. O Reino Unido já havia interferido diversas vezes nos bastidores, mas recentemente a BP aumentou a pressão no governo de Cameron, alegando que os custos dos processos poderiam colocar a companhia em risco. Até agora, a BP já gastou U$ 42,5 em medidas relativas ao desastre e o valor deve aumentar quando forem resolvidas algumas outras disputas. Além do governo britânico, uma coalisão de membros da indústria, entre elas a Câmara de Comércio dos EUA, entregou documento semelhante à Corte, apoiando a BP.