Kerry faz a primeira visita ao Egito desde o golpe

O secretário de Estado John Kerry iniciou visitas ao Oriente Médio para melhorar as relações dos EUA com países aliados. A primeira parada foi no Cairo, no dia 3, para encontro com o presidente interino Adly Mansour e o chefe do Exército, general Abdel Fatah al-Sisi. Apesar do golpe militar em julho, o secretário afirmou que o governo egípcio está no caminho certo para a democracia. Insistiu, no entanto, que não seja prorrogado o estado de emergência, previsto para ser suspenso em 14 de novembro. Esta é a primeira visita de Kerry ao Egito após a destituição do presidente Mohammed Morsi, primeiro a ser eleito democraticamente no país. Morsi está preso desde a queda e vai enfrentar um julgamento criminal em janeiro. O silêncio de Kerry sobre a situação política no Egito mostra a dificuldade dos EUA em equacionar democracia com interesses estratégicos na região. Caso a Casa Branca condene a tomada ilegítima de poder em julho, os EUA ficam obrigados por lei a suspender completamente a ajuda militar anual ao Egito. Apenas parte das verbas foi suspensa, gesto atribuído por Kerry às leis aprovadas pelo Congresso em Washington. A visita ao Cairo também teve o propósito de acalmar a monarquia saudita, descontente com a falta de apoio dos EUA ao regime provisório egípcio. No dia seguinte, o secretário partiu rumo à Arábia Saudita para se reunir com o príncipe Saud al-Faisal. A pauta discutida englobou as divergências em relação à Síria e ao Irã. O roteiro de Kerry também incluiu Israel, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Argélia e Marrocos.

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