O secretário de energia dos EUA, Ernest Moniz, foi à China para participar de diálogos estratégicos sobre cooperação energética. O foco da visita, que começou no dia 28 de outubro, foi ampliar as possibilidades de ação bilateral. Foram discutidas as perspectivas para cooperação na extração das reservas chinesas de gás e petróleo de xisto. Consideradas as maiores do mundo, essas jazidas permanecem inexploradas em larga escala. Segundo Moniz, uma colaboração entre os dois países poderia ajudar os chineses a melhorar sua infraestrutura, passo essencial para a exploração das reservas. O intercâmbio entre os dois países nesse segmento já existe. Companhias privadas do setor de petróleo e gás operam na China com as estatais locais e as empresas chinesas começaram a investir recentemente no mercado de xisto dos EUA. Outro tema discutido por Moniz foi uma parceria em energia nuclear. Sua visita coincidiu com o início da construção de um centro desenvolvido pelos dois países para treinar técnicos chineses em segurança operacional de usinas nucleares. O setor nuclear dos EUA está relativamente estagnado, enquanto o chinês deve crescer bruscamente nos próximos anos. Segundo Moniz, a China deve fornecer componentes para usinas atualmente em construção nos EUA, e empresas dos dois países deverão trabalhar conjuntamente no desenvolvimento de reatores em seus territórios e no exterior. Após a estadia na China, Moniz partiu para o Japão, onde a questão nuclear também teve destaque. Lá, o secretário se comprometeu a ampliar o auxílio no processo de desativação da usina de Fukushima, frisando a importância da energia nuclear no futuro energético mundial.