Fed propõe novas regras de liquidez para bancos

O Federal Reserve (Fed) aprovou por unanimidade, no dia 24, novas regras de liquidez para o setor financeiro. O objetivo da medida é aumentar a capacidade dos bancos de enfrentar cenários de escassez de crédito, prevenindo crises financeiras como a de 2008. As normas exigem que grandes instituições mantenham em caixa ativos de alta liquidez suficientes para financiar suas operações por 30 dias. Bancos com mais de US$ 50 bilhões em total de ativos e sem atuação internacional estão submetidos a exigências mais flexíveis, tendo de garantir recursos para apenas 21 dias. Outros tipos de instituições financeiras, como seguradoras e bancos de menor porte, estão isentos. A proposta é mais rígida do que os padrões internacionais estabelecidos pelo acordo de Basiléia III, do qual os EUA são parte. O Fed usa um método mais conservador para avaliar a necessidade de caixa dos bancos e definir se um ativo pode ser considerado seguro. Títulos do Tesouro, por exemplo, entram na categoria já que podem ser vendidos facilmente em caso de retração de crédito. Além disso, as instituições devem se ajustar às regras até 2017, dois antes do exigido pelo acordo internacional. A postura reflete a visão em Washington de que grandes bancos oferecem risco sistêmico à economia. Apesar disso, analistas consideram improvável que a proposta cause grande mudança no setor financeiro dos EUA. Para os especialistas, desde a crise de 2008, as instituições do país melhoraram suas posições financeiras e muitas estão próximas de atingir os níveis de recursos exigidos pelo Fed. Antes de entrar em vigor, o plano ficará disponível para comentários públicos por 90 dias.

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