Obama pressiona por controle de armas após nova tragédia
O presidente Barack Obama pediu à população, no dia 22, que pressione o Congresso a adotar medidas pelo controle de armas no país. Em discurso no memorial pelas 12 vítimas do tiroteio da base da Marinha em Washington, Obama afirmou que os EUA devem superar a paralisia política no tema e tornar as armas menos acessíveis a indivíduos que possam cometer tiroteios em massa. O presidente lembrou outras tragédias ocorridas ao longo de seu governo com o mesmo padrão de violência: Fort Hood (TX), Tucson (AZ), Aurora (CO) e Newtown (CT). Nesta última, 20 adultos e seis crianças foram mortos na escola de ensino básico Sandy Hook. Depois de Newtown, em dezembro de 2012, Obama pressionou os congressistas a adotar um sistema de verificação de antecedentes mais rígidos para a compra de armas. Os proponentes da reforma não conseguiram, porém, superar a oposição dos senadores conservadores e ruralistas, nem do lobby da National Rifle Association. Os críticos alegam que a Segunda Emenda da Constituição garante o direito de posse e porte de armas a todo cidadão. De acordo com Obama, o índice de assassinatos nos EUA é três vezes superior ao registrado em outros países desenvolvidos. Já o número de homicídios por armas é dez vezes maior. Também discursaram no evento o prefeito de D.C., Vincent Gray, e os secretários de Defesa, Chuck Hagel e da Marinha, Ray Mabus. Apesar do tom duro do pronunciamento, é improvável que a Casa Branca retome a intensa ofensiva no Congresso pela mudança na legislação de armas, concentrando-se nas batalhas orçamentárias, no Obamacare e na reforma imigratória.