O Departamento do Trabalho informou, no dia 6, que a taxa de desemprego dos EUA caiu para 7,3% em agosto, atingindo o menor nível desde dezembro de 2008. A ligeira queda no índice, que era de 7,4% em julho, foi parcialmente atribuída à diminuição da força de trabalho do país. A parcela da população trabalhando ou buscando emprego caiu para 63,2%, o menor índice desde 1978. Foram criados 169 mil empregos durante o mês de agosto, número um pouco inferior às previsões de 180 mil vagas. Segundo o relatório, o setor privado gerou 152 mil empregos e o governo 17 mil. O Departamento também revisou os números de junho e julho, reduzindo em 74 mil o total de empregos criados nos dois meses. Os dados devem pesar na decisão do Fed sobre a desaceleração de seus programas de compra de US$ 85 bilhões mensais em títulos públicos e papéis de hipotecas. Esse é o último relatório de desemprego antes da reunião de setembro do Federal Open Market Commitee, quando muitos especialistas esperam que o Banco Central comece a diminuir as injeções de liquidez. A melhora do mercado de trabalho é uma das condições do Fed para iniciar uma redução da política de estímulo econômico. A avaliação do Comitê deve ser complicada pelo fato de que parte da queda na taxa de desemprego se deve ao encolhimento da força de trabalho, o que é visto por economistas como um sinal negativo porque reflete pessimismo em relação à economia. Entretanto, ainda é possível que o Fed decida pelos cortes devido a sinais de recuperação econômica como a expansão do setor manufatureiro e melhora do mercado imobiliário.