A política monetária do Fed é um dos principais temas discutidos durante a cúpula do G20 em São Petersburgo, Rússia. A reunião, que teve início no dia 5, ocorre em meio à instabilidade nos mercados emergentes. Nas últimas semanas, a expectativa de que o Fed comece a reduzir seu programa de estímulo econômico tem contribuído para uma forte desvalorização das moedas de países como África do Sul, Índia e Brasil. Segundo analistas, as economias emergentes pretendem expressar suas preocupações com o término das injeções de liquidez. Para os países, uma melhor comunicação das intenções do Fed poderia ajudar a reduzir a volatilidade dos mercados. Entretanto, o foco de Washington em buscar apoio internacional para uma possível intervenção militar na Síria domina a agenda do encontro. Alguns economistas apontam que, mesmo sem a crise síria, seria improvável que os EUA oferecessem mais do que compromissos vagos, assegurando que considerarão os efeitos externos de sua política monetária. Além disso, a discussão sobre estabilização de déficits orçamentários será retomada na reunião. Os EUA se opõem à proposta da Alemanha de criar metas para a redução de déficits nos países do grupo e defendem como prioridade a geração de empregos e de crescimento. Segundo funcionários da administração Obama, um dos objetivos do país é ressaltar às nações do G20 a necessidade de estimular a demanda mundial. Outro interesse de Washington na cúpula é avançar a discussão sobre medidas de combate à evasão de impostos como o fim de brechas fiscais entre países que são usadas por empresas.