BP processa EPA por direito a novas concessões
A BP abriu, no dia 12, um processo legal contra a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), pedindo pela revogação do impedimento para obtenção de novas licenças de exploração nos EUA. A EPA também proibiu que a BP faça novos contratos de fornecimento de combustíveis para o governo dos EUA. A suspensão temporária foi emitida em novembro de 2012, sob o argumento de que a companhia ainda precisava provar integridade empresarial. A reputação da petrolífera foi abalada após o vazamento no Golfo do México em 2010, o maior acidente ambiental na história do país. A proibição foi recebida com surpresa na época, já que a petrolífera tinha acabado de fazer um acordo com o governo, aceitando a responsabilidade pelo acidente e uma penalidade de US$4,5 bilhões. Para os advogados da BP, a ação da EPA foi inapropriada e excedeu a autoridade regulatória da agência. A empresa alega que sua integridade foi reconhecida por reguladores federais após o acidente. Além disso, a BP chegou a receber novas concessões de exploração após o fim da moratória imposta pelo governo federal entre maio e dezembro de 2010. Outra queixa da corporação é sobre o caráter provisório da suspensão, que já teria se estendido demasiadamente. Segundo analistas, a empresa abandonou o tom conciliatório que marcou as negociações sobre o vazamento, recorrendo à justiça para encerrar as disputas quanto ao acidente mais rapidamente. Considerando o total de multas aplicadas, a BP alega estar prestes a extinguir seu fundo de U$20 bilhões para assuntos relacionados ao acidente.