Conservadores liderados pelo senador Mike Lee (R-UT) pressionam o Partido Republicano a cortar fundos para a reforma da saúde e ameaçam com a paralisação do governo. A estratégia do grupo é condicionar a aprovação da resolução contínua que financiaria os gastos do governo até o fim de 2014 ao corte de fundos para implementação do Affordable Care Act, conhecido como Obamacare. Antecipando a rejeição democrata, o objetivo é responsabilizar o presidente Barack Obama pela paralisação. Caso o Congresso não aprove nova resolução contínua até 1o. de outubro, o governo não poderá continuar pagando suas despesas. Treze senadores republicanos já assinaram uma carta ao líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-NE), prometendo votar contra qualquer projeto que inclua fundos para o Obamacare. Os republicanos moderados criticam duramente a ideia, temendo danos à imagem do partido. Para os senadores Richard Burr (R-NC) e John McCain (R-AZ), os eleitores estão cansados desse tipo de manobra política. O senador Tom Coburn (R-OK) argumenta ainda que paralisar o governo não impedirá a implementação do Obamacare. Segundo documento do Congressional Research Service, o Congresso já havia negado pedidos por mais verbas para a implementação do Obamacare. Com isso, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos foi forçado a buscar financiamento em outras contas. Isso significa que a maioria dos recursos para a Lei de Saúde se origina em fontes alternativas. Pesquisa recente da CBS News mostra que 54% dos entrevistados desaprovam a lei de saúde, enquanto 36% são a favor.