Momento positivo das refinarias favorece as exportações
A Energy Information Administration divulgou, no dia 7, que as refinarias dos EUA processaram 15,9 milhões de barris de petróleo por dia entre 26 de julho e 2 de agosto. Os níveis são menores do que em semanas anteriores, mas mostram a tendência de alta dos últimos anos e a liderança do país na produção mundial. O aumento da produção de derivados de petróleo se deve a maior oferta de matéria-prima doméstica, com o crescimento da exploração de reservas não convencionais. A queda no custo da eletricidade, possibilitada pela abundância de gás natural, também contribui para baratear o custo do refino. Uma consequência é o crescimento das exportações de diesel, gasolina e querosene, tendo o país voltado a ser exportador líquido há cerca de dois anos. A maior demanda global, principalmente por diesel e combustível para aviação, impulsiona as vendas externas. Outra motivação para as exportações é a queda da demanda doméstica por gasolina, devida ao uso de carros mais eficientes nos EUA. Ainda um terceiro fator é a exigência federal para que as refinarias misturem recursos renováveis, como o etanol, aos combustíveis fósseis produzidos no país. Com o consumo interno de gasolina reduzido, as refinarias não conseguem absorver todo esse biocombustível exigido, sendo obrigadas a comprar créditos sobre renováveis. Diante do custo extra, as refinarias preferem exportar os produtos refinados do que abastecer o mercado interno. Segundo especialistas, a preferência pela exportação seria a causa da subida nos preços da gasolina, que atingiu, em julho, o maior nível nos últimos 16 meses.