O Fed informou, no dia 31, que vai manter o ritmo de seu programa de recompra de títulos. A decisão, tomada por 11 votos contra 1, foi anunciada após a reunião de agosto do Federal Open Market Commitee. A política de aquisição de títulos e papéis lastreados em hipotecas, no montante de US$ 85 bilhões mensais, tem o objetivo de reduzir as taxas de juro de longo prazo para estimular a recuperação da economia. Em declaração emitida após a reunião, o banco central classificou o atual crescimento econômico do país como moderado. O órgão também expressou preocupação com o aumento das taxas de hipotecas e com a inflação abaixo da meta. Segundo analistas, o comitê apresentou uma avaliação econômica menos otimista do que a de comunicados anteriores. Os dados sobre o PIB do segundo trimestre foram divulgados no mesmo dia. O índice apresentou crescimento de 1,7% em taxa anualizada, número ligeiramente superior às expectativas de economistas. Apesar disso, de acordo com especialistas, não houve grande mudança na postura do banco e é possível que as compras comecem a ser reduzidas ainda em setembro. Para os analistas, após o início dos cortes, o Fed precisará convencer os mercados de que as taxas de juros se manterão baixas para evitar instabilidade. Em maio, a sinalização do banco de que poderia reduzir as injeções de liquidez diante de melhora da economia agitou o mercado financeiro. O comitê reafirmou que deve manter as taxas de juros de longo prazo próximas a zero até que o nível de desemprego chegue a 6,5%. O Fed tem mantido os juros de referência nesse nível desde dezembro de 2008.