Petróleo de xisto nos EUA polariza membros da OPEP
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu, no dia 31, manter sua cota de produção em 30 milhões de barris diários. O encontro ocorreu na cidade de Viena, em um momento de divergência entre membros da instituição sobre os efeitos da produção de petróleo de xisto nos EUA. Durante a reunião, alguns integrantes manifestaram preocupação com o recente aumento da oferta do recurso na América do Norte. O cenário aprofunda a cisão na organização entre produtores que se adaptam mais facilmente à queda dos preços do petróleo e outros, como o Irã e a Venezuela, que precisam de preços altos para cobrir gastos domésticos e compensar uma produção declinante. Alguns argumentam que a OPEP deve pensar em promover cortes de produção para compensar possíveis quedas nos preços do petróleo. Países como Nigéria, Argélia e Angola, que produzem um tipo de petróleo leve e similar ao que vem sendo extraído das reservas não convencionais dos EUA, viram suas exportações para o país caírem 41% entre 2011 e 2012. Já a Arábia Saudita, que produz o petróleo pesado do tipo usado na maior parte das refinarias do país, aumentou suas exportações para os EUA em 14% no ano passado. Durante a reunião em Viena, parte dos membros minimizou os efeitos do incremento da oferta na América do Norte e recomendou que os países prejudicados buscassem novos mercados para exportação, especialmente na Ásia. Os países também decidiram fazer um estudo sobre os impactos da exploração do petróleo de xisto na demanda da OPEP.