Defesa aérea síria é obstáculo para intervenção dos EUA
Militares e agentes de inteligência dos EUA informaram, no dia 28, que mísseis e radares na Síria formam uma das barreiras mais avançadas no mundo, capaz de deter aeronaves israelenses e dos EUA. O sistema teria sido construído com apoio da Rússia, com quem a Síria tem uma série de acordos de segurança. O escudo vem sendo atualizado pelos russos para evitar eventuais intervenções da OTAN no país aliado, a exemplo do que ocorreu na Sérvia em 1998. A maior modernização ocorreu a partir de 2007, ano em que um ataque aéreo israelense destruiu uma suposta instalação nuclear síria. Segundo fontes no Pentágono, os EUA sempre souberam da cooperação russo-síria, mas preferiram não interferir. Durante o governo Bush, a maior preocupação era com o Irã e a administração Obama tem grande interesse em melhorar as relações com Moscou. Além disso, o foco do atual presidente seria o controle de armas ofensivas. Para o chefe do Estado-Maior, general Martin Dempsey, a capacidade defensiva síria é o maior obstáculo para qualquer intervenção, inclusive o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea. Mísseis dos EUA poderiam atingir bases na Síria com relativa facilidade, mas não os lançadores móveis espalhados pelo país. Como esses equipamentos podem ser instalados em áreas residenciais, o risco de baixas civis seria muito alto. Defensores de uma ação militar dos EUA acreditam que os militares superestimam a defesa síria em parte para evitar intervir em um conflito que já matou mais de 70 mil pessoas.