Baucus anuncia saída e promete lutar por reforma tributária

O presidente do Comitê de Finanças do Senado, Max Baucus (D-MT), anunciou que não tentará se reeleger. A declaração inesperada, no dia 23, pode ser o início de uma dança das cadeiras no Senado e de um esforço renovado na aprovação da reforma tributária. Atualmente, os democratas têm maioria de 55 contra 45 republicanos na Casa. O democrata Brian Schweitzer, ex-governador de Montana, é forte candidato para substituir Baucus. O senador acumula seis mandatos e está no Congresso desde 1979. Conhecido por sua autonomia em relação ao partido, Baucus apoiou a redução de impostos promovida pelo ex-presidente George W. Bush, em 2001. Este ano, opôs-se à proposta democrata do orçamento, que previa o fim de reduções de impostos, e foi um dos quatro dissidentes na votação pela verificação mais rigorosa de antecedentes para a compra de armas. Por outro lado, Baucus foi um dos principais arquitetos da reforma da saúde, principal conquista legislativa do primeiro mandato de Barack Obama. Livre de pressões eleitorais, Baucus promete usar o resto de seu mandato para promover a revisão e a simplificação do código tributário nacional. Segundo o presidente do Comitê de Meios e Procedimentos da Câmara, Dave Camp (R-MI), Baucus está comprometido com uma ampla reforma e com a redução de juros. Todavia, como não buscará a reeleição e deixará o Senado, existem dúvidas sobre sua capacidade de influenciar os debates. Em 2010, nessa mesma situação, o então presidente do Comitê Bancário, senador Chris Dodd (D-CT), elaborou e conseguiu aprovar a polêmica reforma de Wall Street, que estabeleceu regras mais rigorosas ao mercado financeiro.

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