Vazamento da Exxon aumenta receio sobre Keystone XL
O vazamento de um oleoduto operado pela companhia ExxonMobil, no dia 30, resultou no derramamento de milhares de barris de petróleo em uma cidade do Arkansas. A causa do acidente ainda não foi determinada. O problema ocorreu no oleoduto Pegasus, que transporta diariamente cerca de 95 mil barris de petróleo da cidade de Patoka, em Illinois, até a costa do Golfo do Texas. Vinte e duas casas foram evacuadas e equipes trabalham para impedir a contaminação do lago Conway, que fica nas proximidades. Nos três primeiros dias de limpeza, cerca de 12 mil barris de petróleo foram retirados do local. O episódio reacendeu as apreensões quanto à construção oleoduto Keystone XL, que levaria recursos extraídos das areias betuminosas canadenses até o Texas. O petróleo que vazou no Arkansas vem da região de Alberta, no Canadá, e é do mesmo tipo que seria transportado pelo Keystone XL. Segundo os opositores do projeto, a qualidade desse tipo de hidrocarboneto facilita a corrosão de dutos, o que eleva o risco de vazamento. Além disso, o acidente ocorreu na mesma semana em que 357 barris de petróleo foram derramados em Minnesota, devido a um acidente com um trem vindo de Alberta. Após o ocorrido, grupos ambientalistas que se opõem à aprovação do oleoduto pelo Departamento de Estado argumentaram que o recurso é mais corrosivo e poluente do que o de reservas convencionais. Autoridades canadenses, entretanto, rejeitaram o argumento da corrosão e ressaltaram que o Pegasus é uma construção antiga. Para os defensores do Keystone XL, a tecnologia evoluiu muito desde a obra no Arkansas e os oleodutos são a forma de transporte mais segura.