Potencial bélico da Coreia do Norte é incógnita para os EUA
O secretário de imprensa da Casa Branca, Jay Carney, disse existir uma grande diferença entre a retórica e a ação norte-coreana. A declaração, no dia 1, foi uma resposta à alegação do governo em Pyongyang sobre mísseis norte-coreanos poderem atingir o território dos EUA. Segundo especialistas, a Coreia do Norte não será capaz de lançar mísseis de longo alcance nos próximos 4 ou 5 anos. Apesar de duvidar que o país asiático comece uma guerra de grandes proporções, Washington não descarta a possibilidade de um conflito regional. Já o porta-voz do Pentágono, George Little, preferiu ser mais cauteloso do que a Casa Branca. No dia 2, Little disse que o Departamento de Defesa leva a sério qualquer ameaça da Coreia do Norte, principalmente pela incerteza sobre seu potencial bélico. Militares e especialistas afirmam que os norte-coreanos conseguiram evitar emissões radioativas no teste nuclear subterrâneo feito em fevereiro. Sensores da Coreia do Sul e dos EUA não conseguiram analisar as poucas emissões liberadas na atmosfera, o que impossibilita saber o tipo de combustível nuclear utilizado. Acredita-se que testes anteriores tenham usado plutônio a partir de sobra de material físsil desenvolvido nos anos 90. A preocupação agora é que o país tenha avançado na tecnologia para enriquecimento de urânio, mineral abundante em seu território. Outro temor é que a parceria com o Irã, que já existe para o desenvolvimento de mísseis, evolua para a cooperação nuclear.