Relatório acusa JP Morgan de lesar investidores

Um relatório divulgado pelo Subcomitê Permanente de Investigações do Senado, no dia 14, afirma que o JP Morgan forneceu informações enganosas a investidores e reguladores sobre a dimensão de perdas comerciais ocorridas em 2012. O banco, que é o maior dos EUA, teve prejuízos de US$ 6,2 bilhões em uma série de operações com derivativos no ano passado. O episódio ficou conhecido como o caso da baleia londrina, apelido atribuído ao operador Bruno Iksil que deu início à operação. Segundo o Subcomitê, o JP Morgan ignorou controles internos e permitiu a continuidade das operações mesmo depois de inúmeros alertas. O documento também sugere que o CEO do banco, Jamie Dimon, tentou reter informações dos reguladores sobre o real volume das perdas. Gerentes do banco teriam manipulado modelos e risco, e pressionado seus operadores a supervalorizar suas posições, na tentativa de mascarar prejuízos. No mesmo dia, foram divulgados os resultados do teste de stress do Fed, que avalia a capacidade dos bancos de lidar com uma situação de crise grave. Enquanto os concorrentes Bank of America e Citigroup tiveram bons resultados, o JP Morgan foi alertado pelo Fed sobre deficiências em seu plano de capitalização. O banco agora terá de apresentar planejamento para expandir recompras de ações. No dia 15, cinco executivos do banco tiveram de depor em audiência do Senado sobre o episódio dos derivativos. Os dois anúncios afetaram a reputação da instituição. Até então, o JP Morgan, e Dimon em particular, era celebrado no mercado financeiro por ter se recuperado da crise de 2008 mais rapidamente do que seus concorrentes.

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