Medalha para operadores de drones gera polêmica

O secretário de Defesa Chuck Hagel suspendeu provisoriamente, no dia 12, a produção da Medalha de Combate Distinto. A insígnia condecora operadores de aviões não tripulados. Criada em fevereiro pelo ex-secretário de Defesa, Leon Panetta, a premiação foi tema de projetos de lei que defendem inclusive a sua extinção. Nenhum operador recebeu a medalha até hoje, mas o problema central é o fato de seu valor condecorativo ser superior ao de medalhas para combatentes. Os aviões são manipulados a partir de bases nos EUA ou no exterior, localizadas a centenas ou milhares de quilômetros dos alvos. Apesar do efeito letal, as missões com essas aeronaves não expõem os operadores a qualquer risco físico. Liderados pelo presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado, Carl Levin (D-MI), um grupo de senadores solicitou a Hagel, no dia 11, que a condecoração tenha peso inferior ao das medalhas para ações em combate. O grupo Veteranos de Guerras Externas, maior associação de ex-combatentes do país, mobilizou aproximadamente 2 milhões de membros para apoiar os senadores. A expectativa é a de que Hagel, um veterano da Guerra do Vietnã, interceda contra o que os críticos chamam de medalha nintendo. O chefe do Estado-Maior, general Martin Dempsey, deverá decidir sobre a questão em aproximadamente 30 dias. A condecoração é mais um indicativo da importância dessa tecnologia para a estratégia militar do país, principalmente na administração Obama. De acordo com o Bureau of Investigative Journalism, dos 365 ataques desde 2004, 315 foram autorizados pela atual administração. Cerca de 3.500 pessoas teriam morrido, entre elas quase 900 civis.

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