Senado aprova Brennan para direção da CIA

O Senado confirmou John Brennan, no dia 7, como novo diretor da CIA. Brennan foi aprovado por 63 votos a 34, após passar pela sabatina do Comitê de Inteligência dois dias antes. Os maiores questionamentos do Comitê giraram em torno do uso de aviões não tripulados, o fundamento legal para esses ataques e a falta de transparência do programa de assassinatos seletivos de suspeitos de terrorismo. Brennan também foi questionado sobre vazamento de informação confidencial e práticas de tortura nos interrogatórios de presos no governo George W. Bush. Na véspera da confirmação, o senador Rand Paul (R-KY) tinha conseguido obstruir a nomeação de Brennan. Em discurso de quase 13 horas, Paul pediu explicações ao governo sobre a legalidade de se matar cidadãos dos EUA em território nacional, nos casos de suposta ligação com a al-Qaeda. O filibuster foi motivado por uma carta do procurador-geral Eric Holder dias antes, na qual era reconhecida a competência do governo para eliminar suspeitos em situações extraordinárias. Holder reconsiderou a informação no próprio dia 7, garantindo ao senador que o presidente não tem autoridade para ordenar tais assassinatos. Em setembro de 2011, Anwar al-Awlaki, cidadão dos EUA convertido ao Islã, foi morto em um ataque de drone no Iêmen. Há 25 anos na CIA, Brennan foi chefe de gabinete da agência de 1999 a 2001 e conselheiro de contraterrorismo da Casa Branca a partir de 2009. O novo diretor da CIA substitui o interino Michael Morell, que assumiu após a renúncia de David Petraeus devido a um escândalo extraconjugal.

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