Senado aprova sem consenso Chuck Hagel para Defesa

O Senado aprovou, no dia 26, a nomeação de Chuck Hagel para secretário de Defesa. Com 58 votos a favor e 41 contra, a votação mostrou partidarismo em torno da indicação. Hagel, que é republicano, recebeu apoio de todos os senadores democratas e de apenas 4 membros do seu próprio partido. Nos últimos 35 anos, todos os seus antecessores foram aprovados com mais de 90 votos favoráveis. O resultado reflete a falta de consenso que marcou o processo de confirmação por quase dois meses. A votação, que estava marcada para o dia 14, foi adiada por uma manobra conhecida como filibuster. O procedimento permite que a minoria no Senado estenda indefinidamente o tempo de debate acerca de uma proposta ou nomeação, bloqueando seu avanço. Os republicanos ameaçaram adiar o processo para obter informações sobre o ataque ao consulado na Líbia. Senadores do partido também exigiram documentos sobre as finanças de Hagel. O pedido foi recusado pelos democratas, porque o FBI e o Comitê de Serviços Armados do Senado já tinham checado a questão. O filibuster foi finalmente derrubado por um grupo bipartidário no dia 22. Declarações feitas no passado pelo secretário teriam sido a principal causa da oposição a seu nome. Críticos alegam que opiniões favoráveis ao Irã e contrárias ao lobby judaico nos EUA indicariam incapacidade de Hagel para proteger Israel de uma ameaça iraniana. As dificuldades na fase de aprovação devem fragilizar politicamente o secretário, que terá de lidar com as consequências para o Pentágono de cortes no orçamento vigentes a partir de 1o. de março.

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