Milhares de ativistas se reuniram em Washington, no dia 17, para pressionar o governo por medidas de combate à mudança climática. Os organizadores do movimento Forward on Climate estimaram a presença de 35 mil pessoas, no que seria a maior manifestação ambientalista da história do país. Os protestos giraram principalmente em torno do oleoduto Keystone XL. Por ser um projeto entre Canadá e EUA, a construção depende da aprovação do Departamento de Estado. O oleoduto permitiria aos EUA importar mais 700 mil barris diários de petróleo canadense, contra os atuais 2,4 milhões de barris. O aumento equivale a 2/3 da importação vinda da Venezuela, reforçando o argumento de que o oleoduto aumenta a segurança energética dos EUA. Já os ambientalistas alegam que a extração e o refino de petróleo das areias betuminosas canadenses emitem mais carbono do que o processo convencional. Caso aprove a construção, a Casa Branca vai frustrar o eleitorado verde. Por outro lado, recusar o projeto desagrada a republicanos, sindicatos trabalhistas e setores corporativos. Outro possível foco de atrito é o governo canadense, que investiu mais de US$ 100 bilhões na exploração de petróleo betuminoso na região de Alberta. Praticamente toda a produção do país é destinada aos EUA. No dia 8, o novo secretário de Estado John Kerry se reuniu com o ministro das Relações Exteriores do Canadá, John Baird, para discutir a questão. No primeiro encontro com um líder internacional desde que assumiu o cargo, Kerry prometeu transparência no processo de decisão e ressaltou a importância das relações econômicas entre os dois países.