Alta na produção de petróleo enfrenta defasagem logística
O setor petrolífero nos EUA sofre dificuldade para adequar a oferta doméstica à infraestrutura de distribuição. A produção de petróleo no ano passado foi de 6,4 milhões de barris por dia, um aumento de 779 mil barris em relação à média diária de 2011. O crescimento representa o recorde de alta anual em toda história do país. Estimativas muito otimistas, como as da BP, indicam que os EUA serão o maior produtor mundial em 2013, superando os 9,5 milhões de barris diários da Arábia Saudita. A Energy Information Administration, braço estatístico do Departamento de Energia, tem expectativa menos ambiciosa. O órgão prevê mais 900 mil barris por dia em 2013, o que ainda deixaria o país em terceiro lugar e atrás da Rússia. Os bons resultados se devem às técnicas inovadoras na exploração de recursos não convencionais, principalmente petróleo de xisto no meio-oeste. A melhora, no entanto, é acompanhada de um desafio. As linhas de distribuição sofrem estrangulamento, dificultando o transporte do excedente de produção até os centos consumidores da costa leste. Segundo especialistas, uma solução seria a construção de um oleoduto de 1.500 milhas entre Dakota do Norte e Nova Iorque, mas o projeto ainda está em elaboração. Enquanto alternativas não são encontradas, o produto segue na direção leste por via rodoviária, ferroviária ou navegação de cabotagem. O custo elevado da logística faz com que a gasolina no leste fique quase 10% acima do preço no interior; as refinarias da costa pagam até US$ 20 a mais pelo barril do que seus concorrentes no meio-oeste.