Investidores pedem medidas contra queima de gás associado
Fundos de Investimentos nos EUA pressionam empresas petrolíferas por uma solução para o aumento da queima de gás no país. No ano passado, investidores responsáveis por uma carteira de US$ 500 bilhões enviaram uma carta sobre o assunto às principais companhias. O caso mais recente aconteceu em janeiro, quando a Mercy Investment Services pediu medidas concretas sobre a questão aos acionistas da Continental Resources. A empresa é a principal produtora de petróleo no campo de Bakken, em Dakota do Norte. O processo usado na extração de petróleo de xisto resulta em elevada queima de gás na região. Ao invés de ser desperdiçado, o hidrocarboneto poderia ser usado na fabricação de fertilizantes ou transportado por gasodutos até usinas termoeléticas. Além de agregar valor à exploração de petróleo, o uso do gás evitaria o lançamento de poluentes na atmosfera. Para o Global Gas Flaring Reduction (GGFR), parceria público-privada ligada ao Banco Mundial, a queima global de gás natural atingiu 140 bilhões de metros cúbicos em 2011. O volume gerou 360 milhões de toneladas de gases de efeito estufa, o equivalente a emissões de 70 milhões de carros. Ainda segundo o GGFR, os EUA são o quinto causador desse tipo de problema no mundo, atrás de Rússia, Nigéria, Irã e Iraque. O desperdício de gás associado ao petróleo nos EUA aumentou 50% em 2011 e 300% desde 2005, mas o setor petrolífero resiste a investir no aproveitamento devido à constante queda no preço do gás. Desde 2008, o valor do produto já caiu 86%.