Pentágono admite mulheres em combate
O secretário de Defesa Leon Panetta anunciou, no dia 24, que mulheres poderão atuar em missões de combate pelos EUA. Panetta e o chefe do Estado-Maior, general Martin Dempsey, revogaram uma regra de 1994 que proibia a designação formal de mulheres para esse tipo de ação. A decisão foi tomada em função do bom desempenho feminino no Iraque e no Afeganistão, onde mulheres atuaram em campos de batalha fora da linha de frente. Até 2016, todas as unidades das Forças Armadas deverão implementar a nova norma. No caso do Exército e dos Fuzileiros Navais, ramos militares que reúnem o maior número de tropas em campo, um plano de ação deverá ser apresentado até o próximo dia 15 de março. O secretário ressaltou que algumas posições não serão ocupadas por oficiais femininas devido a diferenças de capacidade e resultado. O objetivo, no entanto, é que as oportunidades sejam as mesmas para homens e mulheres. A defesa da igualdade de gênero foi uma marca da gestão Panetta durante a administração Obama. Membros do Pentágono disseram que o provável futuro secretário de Defesa, o ex-senador republicano Chuck Hagel, apoia a iniciativa. Defensores da ideia acreditam em mudança de cultura em uma instituição dominantemente masculina, discriminatória e com alta incidência de violência sexual. Críticos alegam que, além de serem menos habilitadas fisicamente, mulheres em combate podem gerar distrações entre as tropas masculinas. A resolução tem o aval da Casa Branca e da população. Segundo enquete do Instituto Gallup, 74% dos cidadãos dos EUA aprovam a inclusão.