O presidente Barack Obama destacou a mudança climática no discurso de posse no dia 21. Segundo Obama, não responder ao fenômeno seria uma traição a futuras gerações. O presidente afirmou que o caminho para novas fontes de energia poderá ser difícil, mas que os EUA devem liderar essa transição. A ênfase indica que o combate à mudança climática deverá ser prioridade no segundo mandato, apesar da resistência de congressistas republicanos. O democrata já havia abordado a questão em 2008. Após a eleição naquele ano, a maioria democrata na Câmara aprovou uma legislação ambiental ambiciosa, mas a projeto nunca chegou a ser votado no Senado. Com os republicanos dominando a Câmara depois de 2010, o tema passou a segundo plano para a administração. Nos próximos quatro anos, Obama pode se mostrar mais incisivo. Pressões internacionais e de grupos ambientalistas domésticos parecem ter influenciado na retomada da questão. Desastres naturais no ano passado, como a tempestade Sandy e a maior seca dos últimos cinquenta anos no país, podem ter contribuído. Analistas acreditam que o presidente se concentrará no que pode ser feito com ações do Executivo, evitando o confronto com a oposição. É provável que sejam concluídas novas regulações para reduzir emissões de usinas elétricas, adotados padrões de eficiência energética para utensílios domésticos e construções, e cortes no consumo de energia por órgãos do governo como o Pentágono. Este último ponto teria um impacto importante na demanda energética dos EUA, já que o Departamento de Defesa é a instituição que mais consome petróleo no mundo.