Aumento do limite da dívida pública divide congressistas

Após um final de ano marcado pelas discussões do abismo fiscal, republicanos e democratas agora discutem o aumento do limite da dívida pública dos EUA. O Departamento do Tesouro já comunicou que o limite de endividamento de US$ 16,4 trilhões foi atingido em dezembro de 2012. O Tesouro alertou que medidas extraordinárias estão sendo utilizadas para honrar as obrigações do governo, mas que entre meados de fevereiro e março de 2013, não haverá mais recursos disponíveis. O último aumento do teto da dívida público ocorreu por meio do Budget Control Act (BCA) de agosto de 2011. Como contrapartida ao aumento do limite, o Ato estabeleceu cortes orçamentários de US$ 1,2 trilhão na próxima década, que passariam a valer a partir de janeiro de 2013. Entretanto, como parte da resolução do abismo fiscal do último dia 1o., o Congresso adiou a implementação dos cortes por dois meses. Os congressistas agora terão que decidir sobre o aumento do limite da dívida e os cortes do BCA. Republicanos defendem que qualquer aumento do teto deva ser acompanhado de cortes orçamentários equivalentes. Entretanto, o presidente Barack Obama afirmou, no dia 14, que não aceitará uma negociação em que o aumento do limite seja utilizado como barganha por cortes pelos republicanos. Alguns democratas manifestaram apoio a uma possível atuação unilateral de Obama caso as negociações no Congresso não apresentem resultados. Segundo analistas, o impasse e uma possível moratória dos EUA trariam graves consequências para a economia do país e do mundo.

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