Energia e Meio Ambiente

Importação de petróleo atinge nível mais baixo em vinte anos

As importações de petróleo e derivados nos EUA equivalem a menos de 40% da demanda do país em 2012 até o momento. O dado consta no relatório de novembro da Energy Information Administration (EIA), órgão analítico do Departamento de Energia (DOE, na sigla em inglês). Segundo a EIA, a última vez em que o percentual chegou a um patamar tão baixo foi em 1991. A partir daquele ano, as importações cresceram e atingiram o pico de 60% da demanda em 2005. Parte da explicação para a redução nos últimos anos se deve à frágil situação econômica. O consumo interno em agosto diminuiu 2,7% em relação ao mesmo período no ano passado, caindo para cerca de 18 milhões de barris por dia (mb/d). O menor uso da gasolina também influencia, à medida que os consumidores aumentam a preferência por veículos mais eficientes. Uma terceira razão foi o aumento da produção doméstica de petróleo cru, que deverá atingir 6,8 mb/d em 2013, o maior volume em 20 anos. Os principais estímulos para esses avanços foram o alto preço do produto no mercado internacional e o uso de novos métodos de exploração. Tal cenário eleva o otimismo da mídia e de agências especializadas. Uma análise controversa do DOE estima que serão produzidos 11,4 mb/d em 2013, índice próximo da atual marca saudita de 11,6 mb/d. A controvérsia tem a ver com o método de cálculo, que considera líquidos de gás natural e biocombustíveis. Segundo a EIA, esses recursos são incluídos na contagem por serem alternativas ao petróleo. Analistas lembram que as inclusões deturpam as projeções, pois tais produtos não são capazes de substituir o petróleo em todas as suas aplicações.

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