Leis de identificação devem ter pouco impacto na eleição
Leis de identificação eleitoral devem ter pouco impacto nas eleições de novembro. A maioria das legislações que obrigam eleitores a apresentar algum documento com foto ao votar foram derrubadas ou adiadas por cortes em todo o país. Com isso, tais regras devem ter pouco ou nenhum impacto na disputa para a presidência e o legislativo federal. No ano passado, governadores republicanos em estados com maioria conservadora aprovaram leis que restringem o voto dos eleitores. As legislações afetam principalmente pobres e minorias, grupos que tendem a votar nos democratas. Entretanto, essas exigências foram bloqueadas em estados como Texas e Carolina do Sul, que precisam de aprovação do Departamento de Justiça ou da Corte Federal do Distrito de Colúmbia para alterar legislações eleitorais devido ao seu histórico de discriminação. O estado de Virgínia, que possui uma lei menos restritiva e permite a apresentação de documentos sem foto, poderá implementar a regra já nessas eleições. Na Pensilvânia, estado considerado estratégico, uma lei similar teve sua implementação bloqueada para este ciclo eleitoral por uma corte estadual. Contudo, Vic Walczak, diretor da American Civil Liberties Union da Pensilvânia, afirmou que há risco de alguns eleitores não comparecerem à votação por não saber que a lei não terá validade. Para especialistas, a maior batalha sobre essas legislações acontecerá após as eleições. Segundo Larry Norden, da Brennan Center for Justice’s Democracy Program, os adiamentos e bloqueios só aconteceram porque as cortes não teriam tempo hábil para julgar a constitucionalidade das regras.