A CIA tem pressionado a Casa Branca pelo aumento de sua frota de aviões não tripulados. Divulgada pelo jornal The Washington Post, no dia 18, a informação foi atribuída a oficiais de inteligência dos EUA. Devido à solicitação do diretor da agência, David Petraeus, até 10 drones seriam adicionados a uma esquadrilha que variou entre 30 e 35 nos últimos anos. A expansão permitiria a continuidade das operações com os aviões no Paquistão e no Iêmen, e a atuação em novas áreas, como no norte da África. A proposta, que precisa da aprovação da Casa Branca, sinalizaria o interesse da CIA em manter funções assumidas após o 11 de setembro. Desde o atentado, a agência passou a desempenhar um papel central nas operações de captura e ataque a indivíduos suspeitos de terrorismo. Oficiais afirmaram, em condição de anonimato, que o pedido reflete preocupações de que a instabilidade política no Oriente Médio e no norte da África tenha aberto espaço para a atuação da Al Qaeda. Ainda de acordo com o jornal, o Centro Nacional de Contraterrorismo estaria desenvolvendo um novo de banco de dados sobre suspeitos de terrorismo. O recurso adicionaria informações mais completas sobre os indivíduos às listas existentes. O banco também padronizaria a ação de órgãos em casos emergenciais. Segundo analistas, as iniciativas indicam a institucionalização de medidas antes vistas como temporárias, como o uso de listas de terroristas a serem assassinados. Para os especialistas, haveria certo consenso entre funcionários da administração Obama de que as operações de contraterrorismo dos EUA serão estendidas por outra década.