Petrolíferas avançam em plano de exportação de gás para Ásia
As petrolíferas Exxon Mobil, Conoco Phillips e BP anunciaram, no dia 4, um acordo sobre plano de exportação de gás produzido nos EUA para a Ásia. O projeto prevê a construção de um gasoduto para levar o recurso extraído no norte do Alasca até um porto no sul do estado, onde o hidrocarboneto será liquefeito e exportado. O objetivo é vender para mercados externos, como o japonês e o chinês, que pagam mais pela commodity. O uso de técnicas como fratura hidráulica permitiu a exploração de reservas não convencionais nos EUA, o que aumentou a oferta doméstica. Em contrapartida, os preços sofreram quedas drásticas. A iniciativa das empresas, no entanto, precisará da aprovação do Departamento de Energia. O órgão é responsável por autorizar as exportações de recursos energéticos e atualmente analisa 12 pedidos apresentados por empresas do setor. As petrolíferas pressionam para acelerar o processo de licenciamento, mas analistas acreditam que o governo só deverá decidir sobre as solicitações depois das eleições de novembro. O Departamento já anunciou que vai aguardar a divulgação de um relatório sobre o impacto das exportações de gás na economia. O debate sobre a questão tem crescido no país. Membros do Senado temem que o aumento das vendas externas eleve os preços internamente, prejudicando os consumidores. Os críticos também argumentam que as iniciativas de exportação prejudicariam indústrias nos EUA, que têm se beneficiado da oferta de gás barato nos últimos anos. Por outro lado, as petrolíferas defendem que projetos como o do Alasca gerariam inúmeros empregos.