Aliança EUA-Japão é desafio para diplomacia militar na China

O secretário de Defesa Leon Panetta se encontrou com o provável futuro líder chinês, Xi Jinping, para tratar de segurança regional. Apesar das recentes divergências militares entre seus países, Panetta disse que o encontro no dia 16 foi positivo. A China desaprova um acordo Japão-EUA para instalar um segundo escudo antimíssil em território japonês. O sistema visa um eventual ataque da Coreia do Norte, mas a China acredita ser o real alvo do programa. Outra questão são as tensões entre China e Japão sobre a posse de Sensaku, um conjunto de ilhotas ricas em recursos minerais. Disputas territoriais no sudeste asiático prometem se tornar mais frequentes, mas a questão sino-japonesa coloca os EUA em uma situação delicada. Na semana passada, protestos eclodiram na China contra a venda de duas ilhas por um cidadão japonês ao governo em Tóquio. Pequim também enviou seis navios de vigilância à zona disputada, supostamente invadindo águas japonesas. A reação da guarda costeira nipônica fez as embarcações chinesas recuar, mas um futuro confronto bélico não está descartado por nenhum dos lados. Os chineses, que chamam as ilhas de Diaoyu, alegam que elas pertenceram a Taiwan por mais de 400 anos. Em 1895, o Japão incorporou as ilhas como espólio de guerra, cedendo-as aos EUA após um tratado de 1951. Washington devolveu o arquipélago ao Japão em 1972, quando a China já reclamava a sua soberania. Embora os EUA se digam neutros na disputa, um cenário belicoso pode levar ao seu envolvimento direto. De acordo com um tratado de 1960, o país é obrigado a defender o Japão em caso de ataque externo.

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