Obama pressiona governo egípcio sobre ataque à embaixada

O presidente Barack Obama cobrou, no dia 12, uma reação mais firme do governo egípcio sobre o ataque à embaixada dos EUA. Em conversa por telefone, Obama alertou o presidente Mohamed Morsi de que as relações entre seus países ficariam comprometidas se as autoridades egípcias não garantissem a segurança dos diplomatas dos EUA. A divulgação de um filme nos EUA com ofensas ao profeta Maomé provocou indignação no mundo nos últimos dias, principalmente entre islâmicos. Após atos violentos no Egito e na Líbia, no dia 11, protestos ocorreram em outros países na região, como Iêmen e Líbano. A Casa Branca demonstrou particular insatisfação com a reação do governo egípicio às manifestações anti-EUA. Morsi levou um dia para criticar os manifestantes que escalaram os muros da embaixada. Já a Irmandade Muçulmana, partido islâmico que apoia o líder egípcio, convocou nova mobilização contra o vídeo. Para analistas, o cenário evidencia as dificuldades de Morsi para equilibrar compromissos internacionais e pressões domésticas. Em entrevista após os incidentes, Obama afirmou que, embora o Egito não seja um país inimigo, tampouco é aliado. No dia seguinte, o Departamento de Estado consertou a declaração, dizendo que Obama se referiu ao fato de o país não ser um aliado da OTAN.  O Egito é o segundo maior recebedor de ajuda financeira do governo dos EUA, atrás apenas de Israel. Durante 30 anos, o ex-presidente, Hosni Mubarak, foi um dos principais aliados de Washington no Oriente Médio. Com a queda do ditador em 2011 e a posse de um governo islâmico, a relação entre os dois países tem um desafio pela frente.

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