Corte rejeita lei de identificação eleitoral do Texas
A Corte Federal do Distrito de Colúmbia rejeitou, no dia 30, uma lei do Texas que requer identificação específica de eleitores para votar. A legislação exigia que os cidadãos apresentassem um documento com foto emitido pelo governo, como carteira de motorista, passaporte ou licença de porte de arma. O painel formado por três juízes afirmou que os custos de obtenção de tais documentos seriam prejudiciais a minorias de baixa renda. Devido ao histórico de discriminação, o Texas é um dos 9 estados que precisam de aprovação do Departamento de Justiça ou da Corte Federal do Distrito de Colúmbia para alterações na legislação eleitoral. Em março, a Corte Federal acatou o pedido do procurador-geral do Texas, Greg Abbot, para acelerar o julgamento da lei. A legislação deveria ser aprovada até o dia 31 de agosto para que fosse implementada nas eleições de novembro. Abbot afirmou que está decepcionado com a decisão dos juízes e que irá apelar para a Suprema Corte. A questão sobre a identificação dos eleitores tem sido tema de disputa entre os partidos nos últimos meses. Republicanos afirmam que tais leis são necessárias para evitar fraudes eleitorais. Democratas dizem que fraudes na identificação dos eleitores são muito raras, e que as novas exigências apenas restringem o acesso de minorias e da população de baixa renda. A decisão da Corte Federal representa a segunda derrota do Texas em questões eleitorais na mesma semana. No dia 28, outro painel suspendeu o mapa distrital proposto pelo estado por julgar que o mesmo prejudicaria o voto de minorias.