Cresce dependência dos EUA por petróleo saudita
Os EUA se tornaram mais dependentes de petróleo saudita no último ano. Segundo dados da Energy Information Administration, as importações de petróleo da Arábia Saudita aumentaram mais de 20% em relação ao ano passado. Especialistas atribuem o aumento a fatores como uma menor produção no México e na Venezuela. Os dois países ocupam, respectivamente, terceiro e quarto lugares na lista de fornecedores, atrás do Canadá e da Arábia Saudita. Apesar do crescimento das importações a partir do Canadá, a infraestrutura de transporte até os EUA ainda é insuficiente. Outra razão foi uma moratória sobre exploração de petróleo no Golfo do México, que durou um ano após o vazamento da BP em 2010. Nem o incremento na produção doméstica de petróleo de xisto foi capaz de compensar essas perdas. Grande parte das refinarias do país não está habilitada a trabalhar com esse tipo de hidrocarboneto, que é considerado leve por conter baixo nível de enxofre. Para contornar esses problemas, as refinarias aumentaram as compras de petróleo de países do Golfo Pérsico, como Kuwait, Iraque e Arábia Saudita. Segundo o antigo coordenador de assuntos internacionais de energia do Departamento de Estado, David Goldwyn, a dependência do Golfo Pérsico torna os EUA muito vulneráveis em função de instabilidade política na região. Em contrapartida, a administração Obama diz que a situação não é alarmante. Embora sem indicar o país que poderia substituir grandes fornecedores árabes, o governo acredita que haja alternativas. Além disso, a Casa Branca não descarta recorrer às reservas estratégicas em caso de crise no Oriente Médio.