Cresce debate sobre efeito econômico das exportações de gás
O debate sobre exportações de gás liquefeito tem aumentado nos EUA. O Comitê de Energia e Recursos Naturais do Senado quer limitar as exportações do produto, que têm como principais destinos Ásia e Europa. Em palestra na Universidade de West Virginia, no dia 6, o senador Joe Manchin (D-WV) afirmou que as exportações devem ser controladas para não prejudicar o abastecimento interno. Críticos também são contra as exportações por acreditar que elas causarão aumento do preço do gás no mercado doméstico. Em contrapartida, companhias de energia pedem pelo aumento das vendas ao exterior. As permissões para exportação são dadas pelo Departamento de Energia, que costuma agilizar as licenças nos casos de países que tenham acordo de livre comércio com os EUA. Os produtores querem que o Departamento acelere as emissões para outros países. O objetivo é vender a regiões, que por sua deficiência em gás, aceitariam pagar preços mais altos. Representantes dos estados ricos em gás também pressionam para que o órgão acelere análises econômicas sobre os efeitos das exportações. Mais de 40 congressistas enviaram uma carta ao secretário de Energia, Steven Chu, afirmando que a pauta precisa ser analisada com mais urgência. Segundo o setor petrolífero, as exportações criarão mais empregos e estimularão a produção doméstica. O Departamento afirmou que só responderá aos congressistas no fim de setembro, após analisar o impacto no preço do gás e no mercado de trabalho. Os mais familiarizados com o processo, no entanto, acreditam que o assunto será discutido somente depois das eleições presidenciais, em novembro.