Pentágono intensifica presença militar no Golfo Pérsico
Os EUA aumentaram, no dia 3, sua presença militar no Golfo Pérsico. Segundo militares em Washington, o Pentágono aumentou o número de caças na região e dobrou a quantidade de navios que patrulham a área. A movimentação é uma resposta aos testes com mísseis de médio alcance feitos pelo Irã e à ameaça de bloqueio do Estreito de Ormuz pelo Parlamento iraniano. Os mísseis teriam capacidade de atingir Israel e bases militares dos EUA na região. O fechamento do Estreito interromperia o fluxo de um quinto do petróleo mundial. A iniciativa do Irã seria uma reação às últimas sanções ocidentais, principalmente ao bloqueio europeu a seguros marítimos para navios carregados com petróleo iraniano. Uma fonte anônima do Departamento de Defesa teria admitido que o governo iraniano tem capacidade de fechar o Estreito, mas que a retaliação militar dos EUA seria incisiva e imediata. Outro receio é que a frota rápida da Guarda Revolucionária do Irã ataque petroleiros transportando cargas de outros países produtores no Oriente Médio. A questão impõe um delicado cálculo político para o presidente Barack Obama meses antes das eleições presidenciais. Segundo o presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, John Kerry (D-MA), a Casa Branca deve encontrar um ponto de equilíbrio para resolver a situação. Obama precisa demonstrar firmeza sem passar uma mensagem equivocada. A ideia seria se preparar militarmente sem provocar uma reação do Irã ou estimular uma iniciativa militar por parte de Israel.