Senado mantém controle de emissões em termoelétricas
O Senado rejeitou, no dia 20, projeto de lei contra regulamentações sobre emissões de poluentes. A proposta foi apresentada pelo senador James Inhofe (R-OK), líder da minoria no Comitê sobre Meio Ambiente e Serviços Públicos. As mudanças incidiriam sobre o Utility MACT da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), plano que determina a diminuição das emissões de mercúrio e outros gases poluentes por termoelétricas. Responsáveis por mais de 50% desse tipo de poluição, usinas a carvão e petróleo construídas antes de 2012 terão quatro anos para se adequar às metas. Para Inhofe, as normas prejudicarão a economia e elevarão o custo da energia. Apesar da derrota, o senador declarou que continuará sua luta contra a agenda verde da administração. O plano tinha pouca chance no Senado e a Casa Branca havia ameaçado vetá-lo caso aprovado. A votação ocorreu na mesma semana em que o candidato republicano à presidência, Mitt Romney, declarou ser contra o Utility MACT. Desde setembro de 2011, o republicano tem criticado a EPA por seu caráter excessivamente regulatório. Para Romney, as regras vão gerar desemprego e paralisar o setor do carvão. O candidato contradiz sua posição quando ainda ocupava o cargo de governador de Massachusetts entre 2003 e 2007. Na época, Romney afirmou que gases emitidos por termoelétricas eram tóxicos e podiam causar mortes. Analistas acreditam que a mudança seja uma tentativa de diferenciar-se do presidente Barack Obama, principalmente em questões ambientais e de energia.