EUA não deportarão imigrantes elegíveis ao DREAM Act
O presidente Barack Obama declarou, no dia 15, que sua administração não mais deportará jovens imigrantes que seriam beneficiados pelo chamado DREAM Act. A legislação, apresentada diversas vezes no Congresso e nunca aprovada, concederia cidadania a imigrantes ilegais que ingressem na universidade ou no serviço militar por dois anos. Para serem elegíveis, os imigrantes precisariam ter chegado aos EUA antes dos 16 anos, permanecido em território nacional por 5 anos e concluído o equivalente ao ensino médio no país. Com a inação do Congresso, Obama tomou a frente do processo com uma ação executiva. A mudança não chega a conceder cidadania aos estrangeiros, mas a avaliação de seu status de imigração será estendida e autorizações de trabalho poderão ser concedidas. A secretária de Segurança Doméstica Janet Napolitano afirmou que alterações em procedimentos de imigração sempre geram polêmicas e que as mudanças serão aplicadas com discrição. A Casa Branca estima que cerca de 800.000 pessoas possam ser beneficiadas. Autoridades afirmam que a medida não é uma solução permanente e nem substitui o DREAM Act. O presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Lamar Smith (R-TX), declarou que a decisão de Obama é uma violação às leis do país. Smith criticou a iniciativa de concessão de permissões de trabalho a imigrantes, o que agravaria o quadro de desemprego no país. Após o anúncio, o vice-presidente do Subcomitê de Imigração da Câmara, Steve King (R-IA), anunciou que pretende processar a Casa Branca. King, membro do Tea Party, afirmou que a política de imigração deve ser decidida pelo Legislativo e não pelo Executivo.