O Senado ainda não chegou a um acordo para a aprovação do projeto da nova Farm Bill. A atual legislação expira no fim de setembro e os senadores pretendem aprovar a renovação até o fim deste mês. Entretanto, o líder da maioria na Casa, Harry Reid (D-NV), enfrenta dificuldades para debater as 250 emendas oferecidas ao projeto. Para ganhar tempo e retirar algumas emendas, o senador tem utilizado manobras procedimentais para impedir propostas de novas emendas até que as já apresentadas sejam debatidas e votadas. O senador Tom Coburn (R-OK) e outros republicanos criticaram duramente Reid por sequestrar os debates sobre emendas. Um dos principais temas é a proposta do senador Kent Conrad (D-ND) que traz de volta subsídios rurais eliminados no texto em discussão, restabelecendo pagamentos diretos e aumentando os preços de commodities que são base para medidas contracíclicas. Segundo Conrad e outros senadores do sul, o mecanismo de seguro de colheitas que substituiria os pagamentos contracíclicos não funciona bem para os mercados de arroz e amendoim. A Oxfam International pronunciou-se fortemente contra a proposta, argumentando que os subsídios diretos deprimem os preços das commodities no mercado internacional à custa de produtores no Terceiro Mundo. Dentro do Senado também existem preocupações de que o retorno de tais programas tenha impacto negativo no déficit orçamentário. Outros temas controversos dizem respeito ao programa de subsídios a produtores de açúcar, ao Programa de Assistência à Nutrição Suplementar e à regulamentação sobre o mercado de tabaco em acordos internacionais.