O Departamento de Comércio informou, no dia 12, que empresas estrangeiras estão voltando a investir nos EUA. Entre janeiro e março, o país atraiu US$ 28,7 bilhões em investimento direto estrangeiro. Esse é o 12º trimestre consecutivo de fluxo positivo. Em 2011, o total de investimentos diretos foi de US$ 234 bilhões, 14% a mais do que em 2010. Os números de 2010 e 2011 ultrapassaram a média da última década, sugerindo que a atração de capital pode ter se recuperado da queda ocasionada pela crise. As previsões para os próximos meses são ainda mais positivas. Segundo o provedor de dados financeiros Dealogic, a aquisição de empresas dos EUA por companhias europeias totalizou US$ 7,5 bilhões no primeiro trimestre e, até junho, o volume de acordos realizados deve aumentar para US$ 27,1 bilhões. O Departamento também apontou que parte dos recentes investimentos é impulsionada por empresas europeias que buscam refúgio em meio às crises de dívidas públicas na Europa. No ano passado, mais de 60% dos investimentos estrangeiros foram feitos por europeus. Os investimentos incluem majoritariamente apostas de longo prazo, como aquisições de empresas e imóveis, mas excluem a compra de títulos da dívida dos EUA. Dados da ONU apontam que, em 2011, o fluxo de investimentos estrangeiros diretos no mundo retornou à média pré-crise. Se a reputação dos EUA como destino para o capital global melhorar, o país pode recuperar as perdas recentes para países como a China, segundo maior destino de investimentos.