Irã acusa EUA e Israel de ciberespionagem
O governo iraniano voltou a declarar, no dia 29, que o Irã tem sido vítima de ciberataques e de ciberespionagem liderados por EUA e Israel. A declaração ocorreu um dia depois da Kaspersky Lab, desenvolvedora de programa antimalware sediada em Moscou, ter identificado o vírus Flame como um dispositivo de ciberespionagem. O malware seria capaz de penetrar redes, roubar dados, fotografar telas e ativar microfones para gravar sons. Seus principais alvos teriam sido computadores de agências governamentais e companhias privadas iranianas. Esta não foi a primeira vez em que o Irã foi alvo de ataques virtuais. Em 2010, o vírus Stuxnet danificou instalações nucleares persas, provando que ataques virtuais podem causar danos físicos de maiores proporções. Especialistas em segurança cibernética acreditam que, devido à sua complexidade, o Flame não tenha sido desenvolvido por empresas privadas. O fato de os ataques terem ocorrido predominantemente no Irã e em alguns outros países no Oriente Médio alimenta as suspeitas de que sejam patrocinados por governos no exterior. De acordo com os pesquisadores, as técnicas de espionagem do Flame são típicas de países como EUA e Israel. Funcionários da administração em Washington revelaram ao jornal, sob anonimato, que o Flame seria parte de uma operação conhecida como Jogos Olímpicos. Desenvolvida em parceria com Tel Aviv, a operação conjunta teria como objetivo espionar e debilitar o programa nuclear iraniano. Apesar das acusações, a Casa Branca não se pronunciou sobre o caso.