Agências de rating ameaçam rebaixar nota do crédito dos EUA

Agências de avaliação de crédito reiteraram, no dia 24, a ameaça de rebaixar o crédito dos EUA. A redução ocorreria caso não se chegue a um plano para conter a dívida pública e o cenário de incerteza se mantenha. A agência Moody’s alertou que uma piora na avaliação pode acontecer mais cedo do que esperado se medidas não forem tomadas para garantir a estabilidade econômica do país. Esta foi a segunda advertência da firma em maio e a mais recente de uma série de avisos cada vez mais frequente das agências de rating. Em 2011, a Standard & Poor’s reduziu a avaliação de AAA para AA+, enquanto Moody’s e Fitch mantiveram a nota máxima mas classificaram a perspectiva dos títulos como negativa. A principal preocupação das agências é que congressistas não consigam chegar a um acordo em relação a cortes orçamentários, reformas fiscais e aumento do limite da dívida antes das eleições de novembro. Normalmente, o Congresso entra em um período de baixa atividade após as eleições, na espera pela posse dos novos parlamentares em janeiro. Assim, os temas de maior impacto seriam discutidos apenas em 2013. Um dia antes do pronunciamento da Moody’s, o Escritório de Orçamento do Congresso divulgou o prognóstico de que o déficit orçamentário atingirá US$ 1,5 trilhão neste ano, ou 9,8% do PIB dos EUA. Também previu que o déficit permanecerá na casa de US$ 1 trilhão de dólares até o final da década, a menos que ocorram mudanças significativas na política fiscal.

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