Retomada de venda de armas ao Bahrein preocupa Congresso

A administração Obama decidiu, no dia 11, retomar a venda de US$ 53 milhões em armamentos para o Bahrein. A negociação, iniciada em outubro de 2011, foi interrompida devido a pressões no Congresso pelo histórico de desrespeito aos direitos humanos no país. O anúncio da Casa Branca ocorreu durante a visita do príncipe Salman bin Hamad al Khalifa a Washington. O Bahrein é um país estratégico para os EUA, uma vez que abriga a 5ª Frota e é um aliado contra a projeção iraniana na região. Segundo analistas, a retomada da venda também visa fortalecer o príncipe como candidato ao trono em seu país. Khalifa é o aliado mais seguro em um cenário político incerto, uma vez que o anti-americanismo cresce tanto na ala conservadora do governo sunita quanto na oposição xiita. A retomada da venda de armas despertou nova discussão entre Congresso e Departamento de Estado. No ano passado, o senador Ron Wyden (D-OR) e o representante Jim McGovern (D-MA) pressionaram contra as negociações por temerem o uso das armas em repressões contra manifestações populares. Em janeiro último, um grupo de 24 congressistas e senadores democratas enviou uma carta à secretária de Estado Hillary Clinton pedindo pela interrupção da venda. Para evitar nova estagnação no processo, a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, explicou que os armamentos negociados são próprios contra ameaças externas. Nuland garantiu que o governo dos EUA está atento para que o Bahrein cumpra com as recomendações do Bahrein Independent Comission of Inquiry, órgão do país que investiga violação de direitos humanos.

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