Câmara vincula lei de transportes ao oleoduto Keystone XL
A Câmara dos Representantes aprovou, no dia 18, proposta de lei de transportes vinculando a extensão de financiamento público para infraestrutura rodoviária à construção do oleoduto Keystone XL. A vinculação é uma das emendas feitas ao plano aprovado em março no Senado. A fim de que a proposta seja enviada para a assinatura do presidente, é preciso que a Câmara e o Senado acordem sobre sua versão final. Considerando a maioria democrata no Senado e o fato de que quase todos se opõem ao Keystone XL, é pouco provável que o Congresso alcance um consenso. Mesmo que seja aprovado, é quase certo que Barack Obama opte por vetá-lo. Para a administração, a associação de temas feita pela maioria republicana na Câmara é inaceitável. Tanto a lei de transportes quanto a construção do Keystone XL podem favorecer empregos e a economia. Entretanto, a autorização federal para a obra do oleoduto ainda depende do equacionamento de sérios problemas ambientais. No mesmo dia, a empresa responsável pelo oleoduto propôs uma rota alternativa para evitar a região de Sandhills, ecologicamente sensível. Segundo ambientalistas, essa solução não seria ideal. O impasse coloca Obama em uma situação complicada. Caso rejeite a proposta, o presidente agradaria o movimento ambientalista, com o qual conta para tentar se reeleger em 2012. Já o veto presidencial daria munição de campanha aos republicanos, que retratam Obama como um líder que negligencia a criação de empregos em tempos de crise econômica.