O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, enalteceu recentes ações de política cambial e comercial da China. Durante evento na Brookings Institution, Geithner elogiou o governo chinês por aumentar, recentemente, a banda de variação cambial do yuan, permitindo um maior papel dos atores privados na determinação do câmbio, e relaxado os controles sobre fluxos de capitais. Desde 2010, a moeda chinesa teve uma valorização de 14% frente ao dólar. O secretário classificou estas atitudes como importantes e promissoras, e declarou que elas demonstram o comprometimento das autoridades chinesas. A questão cambial é um obstáculo conhecido às relações comerciais entre os dois países. Os EUA acusam o país asiático de desvalorizar artificialmente sua moeda para ganhar competitividade no mercado internacional. Outro ponto destacado por Geithner foi a diminuição do déficit comercial da China em relação ao resto do mundo, o que demonstra uma mudança no modelo de crescimento econômico, que passa a contar mais com o consumo interno e não apenas com as exportações. Segundo um estudo divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em abril de 2012, os motivos para esta mudança foram o aumento dos custos domésticos e dos insumos importados. Ainda, apesar da persistência da enorme desigualdade comercial, a exportação de produtos dos EUA para a China vem aumentando. Desde 2008, houve um crescimento de aproximadamente 50%. O aumento, no entanto, não é suficiente para equilibrar o déficit comercial dos EUA com a China, que atingiu US$ 295 bilhões em 2011, US$ 22 bilhões a mais que no ano anterior.