CIA quer expandir uso de drones no Iêmen

O diretor da CIA, David Petraeus, pretende obter permissão oficial do presidente para expandir o uso de aviões não tripulados no Iêmen. Segundo o jornal The Washington Post, a agência espera aumentar os ataques mesmo contra pessoas cuja identidade e envolvimento com terrorismo não seja exata. Essa tática tem sido um importante elemento no combate ao terrorismo no Paquistão. As missões com drones ocorrem contra a ramificação iemenita da Al Qaeda desde o ano passado, mas ainda são limitadas. Um dos problemas é atacar por engano grupos separatistas e acabar envolvendo os EUA em um conflito local. Outra preocupação estratégica é o risco de atingir inocentes. Segundo o Bureau of Investigative Journalism, essas investidas dos EUA no mundo podem ter causado a morte de 3.000 pessoas nos últimos oito anos. Entre as vítimas, aproximadamente mil seriam civis sem qualquer ligação com o terrorismo. Defensores do uso de drones no Iêmen argumentam que a inteligência dos EUA evoluiu na coleta de informações, tornando menores as chances de perdas de alvos não militares. Em audiência no Congresso, no dia 19, o secretário de Defesa Leon Panetta afirmou apoiar os voos não tripulados e ressaltou que os alvos são exclusivamente militantes que representam ameaça aos EUA. A proposta da CIA já teria sido apresentada ao Conselho Nacional de Segurança, que ainda não teria se manifestado. Para analistas, o programa de drones da atual administração é a maior ofensiva de ataques remotos de toda a história militar. Obama já teria autorizado 268 missões, cinco vezes mais do que seu antecessor.

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