Seminário da OMC aborda influência do câmbio sobre comércio

Teve início em 27 de março o “Seminário sobre Taxas Cambiais e Comércio” da Organização Mundial do Comércio (OMC). O evento reúne membros de governos, agências internacionais, setor privado e academia para discutir o impacto do câmbio, sobretudo sua volatilidade e desalinhamento, no comércio internacional. O seminário foi uma iniciativa do governo brasileiro, preocupado com a valorização do real em parte devido a políticas de liquidez dos países desenvolvidos. Os programas de “relaxamento quantitativo” dos EUA são um dos principais alvos da crítica brasileira. A administração Obama não vê o seminário como uma revisão das regras da organização sobre políticas cambiais. Esta posição foi demonstrada pelo secretário do Tesouro, Timothy Geithner, e pelo representante comercial dos EUA, Ron Kirk, em uma carta enviada ao presidente do Comitê de Meios e Procedimentos da Câmara, Dave Camp (R-MI), e ao presidente da Comissão de Finanças do Senado, Max Baucus (D-MT). Camp e Baucus vêm vocalizando as preocupações do Congresso com a manipulação cambial da China, e haviam exigido que a OMC se tornasse um foro para a discussão cambial. Kirk e Geithner, por sua vez, afirmaram que utilizarão o seminário para ressaltar a importância de taxas de câmbio flexíveis para um comércio internacional equilibrado. O embaixador dos EUA na OMC, Michael Punke, seguiu esta mesma linha em seu pronunciamento. Mark Sobel, subsecretário adjunto do Tesouro, reforçou a importância do câmbio flexível e criticou a desvalorização cambial utilizada para aumentar artificialmente a competitividade dos países.

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