EUA aumentam presença militar no Golfo Pérsico

A Marinha dos EUA planeja ampliar sua presença no Golfo Pérsico em meio ao aumento das tensões com o Irã em relação a seu programa nuclear. O foco está em aumentar a capacidade de combater minas navais, que poderiam ser utilizadas pelos iranianos para interromper o tráfego no Estreito de Ormuz. Cerca de um quinto da produção mundial de petróleo atravessa a passagem diariamente e uma interrupção neste fluxo poderia causar desequilíbrios no mercado internacional. O almirante Jonathan Greenert, chefe de operações navais, declarou no dia 16 que o número de navios varredores de minas no Golfo será duplicado para oito unidades. Quatro helicópteros caça-minas adicionais e drones aquáticos com a mesma função também serão levados à região. Além disso, o almirante afirmou que todos os navios dos EUA que passem pelo local deveriam ser equipados com armas de curto alcance e mísseis para responder a possíveis ataques de barcos menores. Líderes iranianos haviam sugerido em janeiro que, se as instalações nucleares do país fossem atacadas, suas forças navais poderiam fechar o Estreito. Na ocasião, o secretário de Defesa Leon Panetta deixou claro que o bloqueio seria considerado inaceitável. Apesar da ameaça, Greenert negou haver evidências de que as forças iranianas estejam se preparando para executá-la. Em audiência no Comitê de Serviços Armados do Senado no dia anterior, o almirante estimou o custo da ampliação da presença no Golfo em aproximados US$ 250 milhões no ano fiscal de 2013. O gasto poderá proporcionar um pequeno alívio para a indústria de defesa, atingida por cortes no orçamento militar.

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