Lei de transportes é aprovada e chega à Câmara
O Senado aprovou, na quarta-feira, um projeto de lei de transportes com duração de dois anos. A legislação, que recebeu 74 votos a favor e 22 contra, foi formulada pela senadora democrata Barbara Boxer (D-CA) e pelo conservador James Inhofe (R-OK), e tem custo estimado de US$ 109 bilhões. De acordo com o projeto, os estados passam a ter mais autonomia para gastos com transportes e infraestrutura, cabendo ao poder federal a responsabilidade de estipular medidas mínimas de segurança em sistemas de trânsito. Ainda, o projeto simplifica programas de transportes, consolidando aproximadamente 200 iniciativas em 12, mas não resolve o problema da necessidade de novos fundos para o setor. A redução do consumo de gasolina, devido ao alto preço, tem diminuído a receita para transportes, que tem nos impostos sobre o produto sua fonte de receita. Dessa maneira, a lei do Senado propõe novas maneiras de financiamento. Entre elas, a transferência da renda de um fundo estabelecido para consertar vazamentos subterrâneos e o fim do crédito fornecido a manufatureiros de papel. A legislação passa agora à Câmara, onde o porta-voz John Boehner (R-OH) deve decidir entre votar o projeto ou esperar pela proposta de seu partido. A lei republicana teria duração de cinco anos e custaria US$ 260 bilhões, mas não possui apoio do próprio partido. A Casa está em recesso nessa semana e a legislação de transportes vigente expira no fim do mês. Para evitar a necessidade de uma medida de curto prazo, Boehner deve abrir mão do projeto republicano e considerar a lei do Senado.